O valor super-histórico da literatura
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic8_2fOxHYrJpK7OpseuCWxMKluf6RNdEABIhkjVAjz7Zi1w5xTOpNmDtXVoXsqDFXJer1f2JB-CZq0NTKs6WKTizY2k4NMHijVD1SEssrHbOEMh_WbTPZfhy_3huHg1P9g1NlBp5ryZU/s400/Ada+Thilen+(Finnish+painter,+1852-1933)+Reading+(2).jpg)
Por Pedro Fernandes © Ada Thilen Num outro texto que publiquei por aqui, “A necessidade humana de expressão artística” ( aqui a primeira parte, e aqui a segunda)* eu partia da observação de que a Arte é inerente e necessária ao ser humano ao ver que ela comporta-se como algo comum às diversas épocas e culturas. Entendendo a necessidade artística como instinto e logo este também como condição humana eu apontava por trás dessa afirmativa outra coordenada, a de que a Arte reflete diretamente as condições históricas e sociais em que foi produzida. É sobre isso que pretendo comentar agora, dando ênfase a Literatura, porque pelo corpo das grandes obras literárias se é possível absorver vultos ou por que não o espírito da história e da sociedade no momento em que foram produzidas. Ao entender que as condições históricas e sociais são também condições inerentes ao ser humano, então como ler Vidas secas , de Graciliano Ramos e não perceber o caudal de tais questões aí impressas? C