Julio Verne e a ressignificação da leitura
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Por Rafael Kafka Muitas vezes, uma crise de ansiedade surge por um livro lido fora de hora ou uma compra feita nas mesmas condições. Pensei nisso nessa semana. Estava a ler o excelente, porém altamente denso A república dos sonhos , de Nélida de Piñon, provavelmente minha próxima resenha para este blog, quando percebi que sofria de profundas crises de concentração. Passei como atividade avaliativa de uma das escolas onde dou aulas a leitura de Viagem ao centro da terra , de Julio Verne, livro o qual li quando eu tinha uns 14 anos de idade. Em 2016, minhas leituras têm sido marcadas por um ato grau de densidade política e social e de repente eu me via na obrigação criada por mim mesma de ler um texto que ia para o rumo da ficção científica, gênero pouco lido por minha pessoa nesse tempo todo de vida leitora que tive. Segui a leitura do romance de Nélida, mas percebi o quanto eu me esforçava para tanto até que finalmente decidi ceder ao óbvio e comecei a ler a obra de Vern