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Jean Rhys: bom-dia, meia-noite

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Por Grace Morales Jean Rhys. Foto: Paul Joyce   Com Jean Rhys, se completa o mapa das grandes escritoras da primeira metade do século XX. Carson McCullers, Dorothy Parker e mesmo Djuna Barnes foram descobertas e reconhecidas há muito tempo, mas Rhys aguarda num arquipélago de difícil acesso, à sombra dos continentes Virginia Woolf e Marguerite Duras. Assim como foi sua vida, passando por quartos alugados em apartamentos baratos e andando insegura por ruas escuras. Apesar de tudo, sua obra permanece inalterada, como um edifício invencível construído a partir do seu interior. Poucas autoras expuseram seus acontecimentos pessoais por meio da ficção como Rhys. Adiantada em décadas, ela não praticava a autobiografia, mas foi capaz de fantasiar sobre seu cotidiano em vários níveis e enfrentá-los no mesmo texto. Os sentimentos mais profundos e o retrato ácido, a frustração sexual e as descrições hiperreais, o devaneio e a lucidez agonizante. Um olhar frenético e existencial antes do existenci