Quando Vargas Llosa foi ghost writer de uma senhora rica
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Por Juan Cruz Vargas Llosa nos tempos em que viveu em Paris. Há algo de jovem, de adolescente, em Mario Vargas Llosa. Na terça-feira, 19/11, quando agradeceu ao público de Matadero, um dos cenários do Teatro Espanhol, os aplausos com que acolheram sua obra teatral Kathie e el hipopótamo (o texto ainda é inédito no Brasil), disse que há anos, quando escreveu esse texto, não sonhava com uma montagem como a que viu. Na verdade, ao longo de sua vida, e já tem 77 anos, tem se passado cumprindo o que quis fazer, mas sempre hesitando se alguma vez faria. Por isso é um jovem que segue sendo inseguro ante o emprego, ante aquilo que lhe aguarda, ante o que os demais vão pensar que o que ele faz é liquidar um tempo pela preguiça. Outra dessas virtudes que afirmam sua grande adolescência é sua convicção de que ele não tem imaginação, que todos seus livros se baseiam no esforço que fez para escrevê-los, travando uma batalha para vencer essa falta de ficção que habita em se