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Sete poemas de Dulce María Loynaz

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Por Pedro Belo Clara I.        Largo a minha palavra ao vento, sem chaves nem véus.      Porque ela não é um cofre de cobiças, nem uma mulher coquete que faz por parecer mais bela do que é.      Largo a minha palavra ao vento para que todos a vejam, a toquem, a espremam ou a esgotem.      Não há nela nada que não seja eu mesma: mas em cingi-la como cilício e não como manto pudesse estar toda a minha ciência.     II.        Só quem na sombra se crava, sugando gota a gota o suco vivo da sombra, logra erguer obra nobre e perdurável.      É aprazível o ar, aprazível a luz; mas não se pode ser todo flor…, e quem não render a alma à raiz, mirrará.     III.        Muitas coisas me deram no mundo: é só minha a pura solidão.     IV.        Ditoso tu, que não tens o amor disperso…, que não tens de correr atrás do coração tornad...