Mánasteinn, o menino que nunca existiu, de Sjón
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidaz4Hq27PdGMEyJGoUViur7tRcsPOM6z5TFCbF_L2OQpHFVAEKOJp_5pzBl9Smhzh8jwoBoK3-yl8NQ1tMJFTwHRRBaO4RQPQ4un3Sh2aT64tePnB1vneU8LPsYrOTyTijSqOGUxsQjhqXyL6r21p0zSHRoCApl3US6fzBOtWK4nOsRDnWfItvHI/s16000/Sj%C3%B3n.jpg)
Por Pedro Fernandes Sjón. Foto: Dagur Gunnarsson Tornou-se comum dizer da ausência de personagens na literatura capazes de permanecer conosco como figuras que rompem o limite da ficção e passam ao nosso convívio como as nossas criaturas de carne e osso. Sjón contraria o que parece se afirmar como uma recorrência e nos oferece uma dessas criaturas: Máni Steinn. É caso ardilosamente pensado, como é sempre na arte. O jogo ficcional disposto pelo romance com essa figura começa desde um título que a princípio registra o que parece uma versão oralizada do nome próprio do protagonista: Mánasteinn . Entre uma forma e outra, o romancista desvincula sua personagem de uma condição material transformando-a em matéria simbólica. Não é, portanto, apenas uma criatura que se distingue no plano narrativo pela ação. Sua natureza a insere no plano das significações. Sendo o islandês em relação ao português uma língua perfeitamente integrada à lista daquelas complexidades que só uns muito iluminado