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Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto

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Por Pedro Fernandes Morte e vida severina é, de toda a obra poética de João Cabral de Melo Neto, certamente, o seu texto mais conhecido. A afirmativa um tanto óbvia tem por objetivo, antes de ser a abertura de algumas notas (estas também um tanto óbvias sobre esta obra, mas fundamentais pelo compromisso de chamar à leitura do texto novos leitores), tenta seguir outro rumo, fora daquelas coordenadas que sempre hão de apontar outros mais ingênuos que eu, de que esta popularidade do poema se deu pela adaptação para a TV Globo em 1977, depois do sucesso obtido no teatro. Além disso, este texto teve importante inserção no contexto escolar, ao menos de quando foi estudante do ensino básico (quando conheci a obra) e, claro, trata de uma temática comum a pelo menos boa parte dos brasileiros: o êxodo do sertão nordestino em busca de melhores condições de vida nos grandes centros urbanos. O poema foi escrita entre os anos de 1954 e 1955 e tendo ficado conhecido apenas pelo título ora evo