Dalton por Dalton
Por Marcelo Jungle Terminar a leitura da Antologia Pessoal (Record, 2023. 448 p.) de Dalton Trevisan inevitavelmente nos leva a pensar sobre como o curso da vida dos escritores segue a obra. Como se sabe, mesmo que já se tenha lido uma história, uma nova compreensão sempre poderá existir quando a relemos. A coletânea em questão é “pessoal” como só poderia ser, pois os contos foram escolhidos pelo próprio autor e devemos agradecer por isso aos ventos da longevidade. Assim, esse novo passo se mostra entusiasmante por motivações específicas: a escolha e consequente importância para o próprio autor e a cronologia que nos proporciona uma visão de sua evolução criativa. Para além, portanto, da função introdutória das antologias, mesmo os leitores experientes em Dalton e suas conquistas terão aqui uma boa oportunidade de seguir os movimentos que foram marcando sua carreira. O que não é pouco, para quem detesta seguidores. No prefácio/ ensaio de Augusto Massi, que leva o ...