Relicário de cuspes, de Leonardo Valente
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Por Herasmo Braga No mundo contemporâneo, criar impactos, substituir informações por polêmicas, ter o maior número de likes , curtidas, compartilhamentos, seguidores, acaba sendo a razão última e, até mesmo, a única para muitos. Depararmo-nos com realizações, seja no campo das artes ou das ideias, exige paciência para não se deixar levar pelo camuflado, que acaba sendo exatamente o que se rejeita. Quando se volta para a literatura, em que se almejam novas produções literárias, distantes da abordagem temática de cunho social, do culto a si mesmo com traços biográficos idealizados, de construções tomadas como transgressoras na forma e no conteúdo, no entanto, apenas apresenta a imaturidade literária do seu autor, que possivelmente também é precário enquanto leitor, toda essa jornada desestimula produções literárias novas a agregarem na formação de um leitor estético crítico. Como não há nada absoluto nas elaborações humanas e, portanto, todas as regras acabam por gerir suas exceções, o