Elena Ferrante, a leitora
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Ilustração: Sarah Wilkins “Os livros são organismos complexos, as linhas que nos perturbaram profundamente são o momento mais intenso de um terremoto interno que o texto provocou em nós, como leitores, desde as primeiras páginas”. A obra de Elena Ferrante tem sido esse terremoto. Reinaugurou uma expectativa pelo romance capaz de combinar uma escrita de grande fôlego e uma leveza narrativa, isto é, unindo duas polarizações estabelecidas pela academia e pela crítica desde o advento da literatura de massa. Não é o caso de uma unanimidade, afinal, qual é será mesmo o sentido desta palavra numa conjuntura de fragmentação e esvaziamento das unidades. Mas, a recepção da literatura da escritora italiana entre os leitores que leem livremente e entre os chamados leitores formados para a crítica diz alguma coisa sobre o que mídia tem simplificado usando o termo fenômeno . Os romances de Elena Ferrante têm demonstrado não pertencer apenas ao rol do entretenimento; além da escrita