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Mostrando postagens de maio 17, 2017

O museu do silêncio, de Yoko Ogawa

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Por Pedro Fernandes É curioso observar como sempre a literatura japonesa é reduzida ao lugar de estranha na opinião de grande parte da crítica brasileira. O termo não ficou esquecido quando em 2016 se publicou no Brasil o primeiro livro de Yoko Ogawa, O museu do silêncio . E apesar de não relevante, este texto retoma o lugar-comum a fim de investigar, embora a resposta se mostre antecipadamente em tom de suspeita, pelo menos uma razão para esse registro enquanto apresenta algumas notas sobre este romance. Situados numa aldeia do interior do Japão, os acontecimentos recobrados pela narrativa estão articulados em dois eixos principais – sendo um deles, o motivador, sobressalente: trata-se da construção de um museu proposto por uma velha senhora de posses do lugar a fim de reunir um conjunto diferente de objetos. Trata-se de um museu com coisas recolhidas durante parte significativa da vida dessa velha e não tem relação com suas memórias afetivas nem com o ideal de perpetua