O amor dos homens avulsos, de Victor Heringer
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Por Pedro Fernandes Em 2012, Victor Heringer marcou sua estreia no romance com o pé direito: Glória recebeu, no ano seguinte, o Prêmio Jabuti. O que chama atenção nessa narrativa é o tom, em contínuo crescimento, de um narrador cuja marca é o improviso, o uso dos bordões – ocasião em que propositalmente enxerta à linguagem escrita outras maneiras de uso da língua – e o caráter irônico com que constrói seu relato, a começar pelo título, que sugere uma coisa e cumpre outra. Nesse O amor dos homens avulsos o escritor confirma duas coisas: a promessa que deixou aos leitores na boa realização do primeiro romance e sua capacidade de se reinventar, sem perder o fôlego da boa largada. Para um escritor cujo interesse parece se distanciar do mero protocolo de contar uma história para ser o de alguém capaz de inovar os protocolos da narração bem como os lugares da literatura brasileira isso é fundamental. A narrativa de O amor dos homens avulsos é um grande rel...