Paradiso em seu labirinto
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdB7ozDaif3RfjSWBQSymwDdgVK3vugL_jfbMYgoHXPsUJbAikjyfm91D6pdPd3knHbPs7qQFr9Z2UuABea7tFhgydKqLNcMX8aMrZiLp6-L7QebzkmdAo1FDtBdN1Q76J1JQhltrGEw/s640/Jos%25C3%25A9-Lezama-Lima.jpg)
Por Arturo Arango Paradiso , o grande romance de José Lezama Lima, cumpriu meio século e ninguém parece recordar o nascimento de uma das obras mais deslumbrantes, ricas e complexas já escritas em língua espanhola. De acordo com o colofão de sua primeira edição, os quatro mil exemplares terminaram de ser impressos no dia 16 de fevereiro de 1966; a obra foi publicada pelas Edições Unión e com capa desenhada por um grande nome das artes cubanas, o poeta e pintor Fayad Jamís. A partir desse momento, esse enorme corpo textual que se estendia por mais seis centenas de páginas começou a percorrer um intrincado caminho cujas pegadas podem ser vistas até hoje. Segundo relata Cintio Vitier, na “Nota filológica preliminar” para a edição crítica preparada para a Coleção Arquivos da UNESCO, em 1988, os mais de setecentos erros de impressão que aparecem no livro editado pela Unión deixaram Lezama profundamente chateado. O manuscrito de Paradiso é composto de vários c