O pai da menina morta, de Tiago Ferro
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWOZNpFZHKn9ANWghwiWI7AT3FmtEnAiANYNL6edl5YPXN5EFAydc4SBp5sY6Kc5gzBQ7wbIC0t-cCriUmb2_Auf7ZBwgrpGwgYTAZ1qIN6sS5ARGe8slc1xrzF97ylxmjntl-qYhav-JJJZ2UA5AafPsKMkQBGstA2oOQe4kt0WOpwwTzsINqpwQ/s16000/Tiago-Ferro-.jpg)
Por Renildo Rene Tiago Ferro. Foto: Mira Cervino Escrever sobre Tiago Ferro é poder escrever sobre a questão da forma no romance contemporâneo brasileiro: são vários os caminhos para entender a correspondência da estrutura com o tema, e cada escritor parece oferecer um norte para isso. E no centro dessa ideia, um sentido claro: é preciso ter o olhar crítico sobre os nossos escritores, sobre o que eles nos dizem sobre sua escrita e, principalmente, sobre suas narrativas. Neste caso, a resposta de Tiago Ferro parece mais congruente diante do que ele nos apresenta em seu primeiro lançamento. Sua concepção literária de luto perpassa pelo narrador e pelo estilo fragmentado — pensados em conjunto para o romance. O sentido humano dado ao narrador de O pai da menina morta é uma das razões pelas quais o livro se torna atraente a cada leitura, e porque devemos nos lembrar dele como um exercício exemplar de escrita que pode desestabilizar o leitor do lugar-comum. Essa mais nova curva para a