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Orpheu ou 100 anos de um ano que não acabou

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Fernando Pessoa e o segundo número de Orpheu , por Almada Negreiros (detalhe). “Se existisse qualquer instinto do sensato em moderna literatura, eu começaria pela paisagem e terminaria pelo Orpheu . Mas, graças a Deus, não há nenhum instinto do sensato em moderna literatura, por isso deixo de parte a paisagem e começo e termino pelo Orpheu .” – Álvaro de Campos A revista surgida com o afã de ser uma publicação trimestral sobre literatura não nasceu ao acaso. Ela é produto de outros movimentos que já rondavam o circuito literário português ou é a conjunção de uma quantidade variável de fatores que culminaram na sua criação. Talvez esteja aqui, sem quaisquer misticismos, a raiz de sua eternidade. Além disso, Orpheu  significou um ponto fora da linha comum que dominava Portugal. Antes, em 1910, por exemplo, havia sido publicada outra revista com mesmo afã, A Águia , mas com ambição maior: ser um mensário. Sim, numa época que não deve, de maneira alguma ser confundida com a de h