“Los combatientes deseos”
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6SldieVIjTEZGvRnMLGn9vcMFk-IPJuc7n_YWxcJghpXey5FIRU2xaI9srxFog62AfYSUWnx0skGR0SsbTuVC3se0lkyUNe_Cj30Sd3oDDczzrrwNOgk5kSzGB28FZX7VX9BMt1QVht7lHnbVuOG2GuXO8qZlvTkP7c64a1OnjFoDMospFed7hfE/s16000/il_1140xN.3227460315_dy7x.webp)
Por Felipe de Moraes Sor Juana y la Virreina. Ilustração: Felix d’Eon. A lírica amorosa de Sor Juana Inés de la Cruz ocupa uma parte considerável de sua produção poética e se destaca no mundo barroco da Nova Espanha pela variedade de formas e estilos através dos quais é expressada. A monja, como conhecedora e leitora voraz que era, retrabalhou essa vasta tradição erótica que vem desde a antiguidade clássica, perpassa todo o Renascimento italiano, nas composições do dolce stil nuovo , e deságua na Espanha da Contrarreforma, no século XVI, onde é recebida pelos cultistas barrocos, como Góngora e Quevedo, e ali ganha uma nova dimensão poética expressiva através do conceptismo e da retórica palaciana. O objetivo neste breve ensaio, portanto, é fazer uma leitura comparada entre o romance 19, “Puro amor, que ausente y sin deseos...”, e o soneto 179, “Que explica la más sublime calidade de amor” 1 , escritos por Sor Juana, de modo a ressaltar semelhanças e diferenças entre ambos, observando