Edogawa Ranpo, o bizarro rei do pulp japonês
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgee_y1Va-m0eKMCutyrZXrMfwmAM8GKhciZmisd0mQgPlgEUKNwJN98EG2BUBHno3X6ZjPtz0Wjj7IlCGXq-1VZFQDEI-WhsYrjRo8XbH0l-ZueUGPYj-p3fBnLh4bWNe78W5q61Ylrg/s640/body_1.jpg)
Por Sergio Vera Hoje vamos falar sobre mistérios japoneses. E o primeiro é o sexo. O da sexualidade no Japão é um arquivo X. Porque o império dos sentidos é na verdade o dos sem sentidos. E se não, aí vai um dato alucinante: Japão, essa grande potência mundial do fetichismo, é um dos países onde menos se pratica o sexo. E não é porque as asiáticas tenham dores de cabeça. São elas próprias, as que logo se mostram disponíveis com uma massagem de orelha (e não é brincadeira), as que se fazem de difíceis. Será por isso que os reprimidos japonezinhos gostam tanto das fantasias sexuais? Talvez. Mas aqui nos interessa é o que na perversão nipônica nada é novo. Já nos anos vinte do século passado criaram um subgênero literário tão aberrante que só poderia ser Made In Japan : o ero guro (a palavra é uma contração adaptada para o japonês das palavras inglesas erotic and grotesque , erótico e grotesco). As revistas de literatura populares no entre-guerras como S