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Mostrando postagens de setembro 12, 2023

Os versos satânicos

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Por Esther Seligson Salman Rushdie. Foto: Franck Ferville   “Não existe uma divisão estrita entre realidade objetiva e subjetiva; a consciência e o universo físico estão conectados por algum mecanismo físico fundamental. Esta relação entre mente e realidade não é nem objetiva nem subjetiva, mas ‘omniobjetiva’”, escreve Michel Talbot em Mysticism and the New Physics , muito apropriado para minha introdução ao mundo omniabrangente do escritor Salman Rushdie (Bombaim, 1947), hindu e inglês, ponte entre duas cosmovisções, a oriental e a ocidental, da civilização, da cultura, do homem. Acrescentemos que foi educado sob a fé islâmica “daquela maneira leve e preguiçosa dos bombainenses” — segundo uma das suas personagens — e no espírito do comunalismo , da coexistência harmoniosa entre hindus e muçulmanos.   Todo o contrário ao espírito sectário, ortodoxo e fanático, paradoxo que explica porque é que este extraordinário romancista ( Vergonha , Os filhos da Meia-Noite , O último suspiro do mou