Friedrich Dürrenmatt: a atualidade de um esquecido
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Por José Ramón Martín Largo Friedrich Dürrenmatt, 1980. Foto: Ullstein Bild “Não tem a nossa era de paz, que milhões de pessoas se esforçam por preservar fazendo manifestações, carregando faixas, cantando música pop e rezando, não há muito assumiu a forma do que, em outros tempos, chamávamos de guerra, toda vez que, para nos apaziguar, incorporamos as catástrofes à nossa paz?” A pergunta é pertinente em nosso tempo, pois levanta outras duas questões que nos preocupam muito: a primeira, se o que chamamos de ordem mundial não é na verdade o caos; e a segunda, se os habitantes do mundo, especialmente o mundo rico e desenvolvido, apesar de nossa má consciência, não são cúmplices desta ordem, que em princípio gostaríamos de mudar enquanto hipocritamente nos beneficiamos dela. De maneira explícita, a indagação a que nos referimos refere-se à própria razão de ser do pensamento crítico, pensamento incômodo que para muitos é preferível evitar, pois nos apresenta como cúmplices, e cúmplices in