Noite dentro da noite, de Joca Reiners Terron
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYvHwVjZndxu2NMJAFVF9XaluG_goCZbebTlbo9IgdE1eEyrM6lWrdAOWYRRGN9u4OiznSIV3VJW51tVZ7IE0XSa-j97oUptx3SI6hyphenhyphenFeZGgTgzONvSgSwdJ0TPo_g9joC-hYNs6YjRQ/s1600/1490384858109.jpg)
Por Pedro Fernandes Há pelo menos três instantes de corte metalinguístico – não explícito – que estabelecem três possibilidades de leitura sobre Noite dentro da noite . O primeiro deles remete a ocasião quando o narrador tece uma explicação (e são muitas) para um termo que é recorrente na sua narrativa; esclarece que pyhareryepypepyhare para os mbyá-guarani corresponde a um instante mais denso da noite, uma vez o tempo para eles pertencer a outra dimensão diferente desta forjada pelo homem branco – “o instante mais denso de escuridão que antecede o alvorecer incerto, o instante mais negro de toda existência, pois não se sabe se haverá o seguinte”. Depois, o segundo, a exposição metafórica sobre a história narrada: uma “saga pantanosa que, como tudo que se origina no pântano, não tem bons alicerces, não tem fundamentos que a sustentam, é feita de lama movediça que engole tudo e às vezes devolve, às vezes não”. E, por último, o registro de uma fita K7 da rata, personag