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A perseguição de Cortázar: em louvor da audácia e da aventura

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Por Alfredo Monte Oh, faz-me uma máscara e um muro que me escondem de teus espiões Dos agudos olhos esmaltados e das garras que denunciam O estupro e a rebeldia nos viveiros de meu rosto, Uma mordaça de árvores mudas que me guarde da nudez dos inimigos, Uma língua de baioneta nesse indefeso fragmento de oração, Torna loquaz a minha boca, e que ela seja uma trombeta de mentiras [soprada com doçura, Dá-me as feições de um estúpido entalhado no carvalho e na velha                                                                                      [armadura Para escudar o cérebro brilhante e confundir os inquisidores, E uma dor viúva manchada de lágrimas caídas das pestanas Para dissimular a beladona e fazer com que os olhos secos percebam Que outros atraiçoam as lamentosas mentiras de suas perdas Através do arco dos lábios nus e do riso à socapa. Dylan Thomas, tradução de Ivan Junqueira I Fiquei contristado ao ler a seguinte afirmação de