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Mostrando postagens de fevereiro 12, 2014

Um Cortázar invisível

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No ano em que se comemora 30 anos da morte e 100 anos do nascimento de Julio Cortázar, entre a série de atividades que são organizadas ao redor do mundo em torno da obra e do nome do escritor está a aparição e publicação de inéditos. Segundo estudiosos da produção escrita do autor de O jogo da amarelinha , os tais inéditos são mais vastos que sua obra já publicada e parte deles ficaram pronto para edição; mas há outra que segue sendo recuperada. Aurora Bernárdez, companheira do escritor,  tem se dedicado neste trabalho sem pressa, mas sem pausa. Se Borges, resolveu anotar todos os livros da Biblioteca Nacional para deixar uma pegada deliberada de sua leitura; se Bioy Casares, por sua vez, editou seu vasto diário literal como uma louça capaz de culminar seu parricídio de Borges; Cortázar, ao contrário, parece haver escrito nos vários pisos de sua torre de Piranesi. Só que, assombrosamente, com a gratuidade fervorosa que define sua relação com a escritura, não parece haver escrito