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Mostrando postagens de dezembro 10, 2011

Um texto de Clarice Lispector

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"O que ela amava acima de tudo era fazer bonecos de barro, o que ninguém lhe ensinara." (Clarice Lispector) Sempre se ressalta, entre leitores e não-leitores, que a obra de Clarice Lispector é de estranha dificuldade. Toda vez que se repete o argumento deveria se dizer para toda obra difícil há um preguiçoso leitor. Obviamente que existem obras que nos cobram mais, mas alcançada a chave de acesso ao texto, o que nela encontramos é a mais pura expressão do maravilhamento, ou para repetir um termo caro à literatura da escritora brasileira, pura epifania .  Quer dizer, só uma maneira de romper com o vício do difícil e esta é da leitura contínua. Este é o único trabalho que um escritor entrega ao leitor: ler. E o leitor deve sempre se por de guarda; um texto é um pequeno mundo que nos cobra a tarefa de atribuir sentido, assim como fazemos ante todas as circunstâncias diárias, incluindo aquelas com sentido oblíquo.  A própria Clarice Lispector se questionava sobre as acusações d