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Mostrando postagens de dezembro, 2014

Os 10+ de 2014

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Por Pedro Fernandes As dificuldades foram muitas para deixar essa lista pronta; entre as razões está o caso de 2014 ter sido vivido como o mais intenso dos anos; não é para menos quando no âmbito de suas responsabilidades pessoais a vida faz um giro de 360º. Mas, aqui tenho vindo ano a ano, quase como uma promessa, para dizer aquilo que tem sido matéria de destaque nas duas principais frentes de produção artística que, na medida do possível, tenho acompanhado: a literatura e o cinema. Recordo novamente sobre o instante de expansão porque passa o blog desde 2013, conforme tenho documentado aqui. 2014 marcou a chegada de Alfredo Monte que está ao meu lado, e de Pedro Belo Clara, Rafael Kafka, Cesar Kiraly, Thiago Gonzaga dedicando-se a sempre fazer do Letras um rico espaço sobre Literatura. Que em 2015 outros nomes possam ser incorporados para manter sempre ativo um espaço que se destaca entre os melhores do gênero no Brasil.  Registro feito, passo a ocasião, portanto, em que

Êxodo – Deuses e reis, de Ridley Scott

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Por Pedro Fernandes Ridley Scott quis escrever seu nome entre os dos cineastas que entraram para o panteão pelos feitos de colocar na tela uma grande epopeia (uso o termo pensando no sentido de uma narrativa grandiosa que encerra feitos igualmente grandiosos). Tentou. E tentou bem. Mas, a depender de seu último filme, não conseguiria. Deste só restou do epíteto de grande o extenso tempo em que ficamos a assistir uma galeria de disparates. Agora, é evidente que, há pontos positivos responsáveis por colocar esse título num rol de películas merecedoras de nossa visão. E, claro, um cineasta que tem no currículo realizações como Blade Runner , Alien , Gladiador , Hannibal e Prometheus – para citar ao menos quatro títulos impressionantes da história do cinema – não pode deixar de suscitar no telespectador certa curiosidade em ver seja o que for que traga sua assinatura. Mais: todos os citados são títulos que o colocam entre os que filmaram grandes produções. Do ponto de vist

Boletim Letras 360º #94

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Manoel de Barros: obra receberá antecipação de reedição. Desde o início da semana iniciamos nosso recesso de final de ano. As notícias ainda correm, porque o mundo não para, mas, tem-se uma leveza no ar. No Facebook, p. ex., temos mais tratado de recordar aquelas matérias que marcaram mais um ano de blog. Leia o que se passou, nesses termos das novidades literárias. Segunda-feira, 22/12 >>> Brasil: Editora vai antecipar reedição da obra de Manoel de Barros Já a partir de 2015 começa a reedição da obra integral do poeta. A nova casa agora deixa de ser a Editora LeYa, onde ficou por 15 anos, e passa para a Alfaguara. As edições avulsas só passariam a ser publicadas a partir do segundo semestre, no entanto, com a morte de Manoel de Barros, o lançamento deve ser antecipado já para o início do ano. Na lista dos primeiros relançamentos estão Livro das Ignorãças  (1993), Livro sobre Nada  (1996) e Poemas Rupestres  (2004). Além disso, a Alfaguara deve cavoucar ma

Papai Noel à brasileira

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Por João Luís Ceccantini Sabemos que Papai Noel é uma combinação de diferentes lendas e criaturas míticas, tendo, entretanto, como principal base na era cristã o bispo Nicolau de Smyrna (hoje Turquia). Nicolau viveu no século IV d.C., tendo-se tornado famoso por sua generosidade. Muito rico e amoroso, reza a lenda que freqüentemente alegrava as crianças pobres, atirando presentes através de suas janelas. Daí em diante, o mito ganha maior dimensão e vai sofrendo uma série de modificações, até desembocar no “Santa Claus” da cultura anglo-saxã, ou seja, o tradicional Papai Noel conhecido de todos nós, cujo principal traço, o da generosidade, não se altera ao longo do tempo. Isto é, não se altera até ser colocado sob o sol dos trópicos pelos nossos escritores modernistas e contemporâneos. Já em 1930 Carlos Drummond de Andrade publica, em Alguma poesia , o seu “Papai Noel às avessas”, em que subverte a característica do generoso velhinho, transformando-o num tocante gat

Boletim Letras 360º #93

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Exposição reúne material inédito de Oscar Wilde. Saiba mais informações ao longo deste Boletim.  Como já anunciamos no último boletim e reforçamos em nossa conta no Twitter faremos um breve recesso de fim de ano. Mas, o blog não irá ficar parado! Atenção! Teremos vez ou outra uma postagem por aqui e as redes sociais estarão ativas. Além disso, as tradicionais edições desses boletins continuarão a ser publicadas, visto que as notícias do mundo da literatura, podem diminuir, mas parar, não, não para.  Segunda-feira, 15/12 >>> Espanha: Um portal digital para Miguel de Cervantes O lançamento da ideia deve ocorrer em 2015, sinaliza a diretoria da Fundação Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes. O trabalho é uma das ideias que assinalam a passagem dos 400 anos de publicação da segunda parte do "Dom Quixote". Trata-se de um trabalho em colaboração da Fundação com Centro de Estudos Cervantinos da Universidade de Alcalá (Madri) e a Associação de Cervanti

Escrever sobre José Saramago

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José Saramago. Desde os anos 1980, uma obra cada vez mais lida e estudada por pesquisadores do mundo inteiro. Qual é, na contemporaneidade, o efeito de uma revista acadêmica? Provavelmente ainda o mesmo de sempre: estabelecer um colóquio em torno da obra literária a fim de despertar novas abordagens, a fim de torná-la pauta constante nos assuntos da comunidade leitora. Com a facilitação do acesso aos textos escritos e com a necessidade de abastecimento das carreiras de pesquisadores e professores universitários com produções que vão deste o ensaio à resenha crítica, grande parte das instituições de ensino superior trabalham na criação e manutenção desses espaços que, sendo muitos, têm alguns sua qualidade e, logo também sua autoridade, questionável. Em alguns casos específicos, determinadas obras alcançam uma quantidade tão plural de leituras que, o ideal seria, seguindo a necessidade constante de segmentação para organização do pensamento, a criação de espaços específi

Argentina é literatura

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Julio Cortázar. Um ícone. Está por toda parte da Argentina.  Cada tarde, centenas de jovens em Buenos Aires saem de suas casas com a saudável intenção de matar Borges. Borges ou o próprio Witold Gombrowicz, o escritor polaco a que se atribui o famoso conselho quando lhe perguntaram que deveriam fazer os argentinos para adquirir a desejada maturidade literária. — Matem Borges! Gritou do barco em que regressava para a Europa em 1963, ou bem confidenciou a um jornalista ao pé do barco; nesse ponto a lenda se divide. Em qualquer caso, centenas de jovens saem toda tarde na Argentina para formar-se como escritores. E normalmente vão meter-se na casa de outros escritores que montam oficinas literários. O livro, para esses, segue gozando de um prestígio curioso numa época em que qualquer um pode publicar o que quer na internet. Em torno desses mestres estão nascendo alunos avançados. Mas, antes de mencionar um só nome, vale recordar as palavras de um dos melhores escritores arge