Monique Malcher e os monstros que habitam a noite em “Flor de gume”
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Por Henrique Ruy S. Santos Monique Malcher. Foto: Arquivo CBL. Monique Malcher, nascida em 1988 na cidade de Santarém, no estado do Pará, é escritora e artista plástica, com formação nas áreas de Jornalismo e Antropologia. É uma profícua autora de zines , gênero que, por sua inerente marginalidade em relação ao mercado editorial mainstream , ainda encontra pouca repercussão entre a crítica dita especializada. A sua estreia no formato mais tradicional e mais conhecido do livro se deu com Flor de gume , em 2020. Trata-se de uma coletânea de contos que tem chamado cada vez mais atenção tanto da crítica quanto do público geral, ambos compelidos, em parte, pela contemplação do livro com o Prêmio Jabuti em 2021, mas também pelo esforço braçal e miúdo de circulação da obra entre grupos de leitura de mulheres e grupos de estudo. A escrita penetrante de Flor de gume , prenunciada desde o próprio título, não é avessa à narração do acontecimento cotidiano, muitas vezes marcado pela violência ur