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Antonio Machado, poesia e filosofia

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Por Juan Malpartida Antonio Machado foi o poeta de língua espanhola mais próximo à filosofia e que, por outro lado, mais profundamente viveu a lírica como problema. Embora não a partir de sua poesia e sim de sua prosa. O poeta, no sentido profundo, além de alguma observação em verso, ou algum poema tardio de caráter metafísico, parece ignorar o prosador, que é em quem – e nisto concordo com alguns enquanto discordo de outros – está sua verdadeira modernidade. A originalidade reflexiva de Machado, acredito, radica no que desperta a partir de seu interesse por Kant, especialmente pelo deslocamento que levou a cabo a uma maior subjetividade, depois de Descartes situar o pensar como fundamento do eu. A liberdade, a coisa em si, é algo no qual podemos pensar mas não é compreensível, só acessamos intelectualmente o mundo fenomenológico. Além disso, Kant afirmou o elemento interpretativo da mente humana, que projeta fora o que leva no seu interior. Num texto autobiográfico de 19