O estranho fascismo de um poeta vanguardista
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Por Jorge Frondebider Ezra Pound é talvez o mais ambicioso e influente poeta do século XX. Não é uma afirmativa vazia já que se baseia em fortes evidências. No que se refere à poesia, poetas de praticamente todo o mundo e, em ocasiões, com posições estéticas diametralmente opostas às de Pound – como Juan Ramón Jiménez, Borges, Montale ou Yves Di Manno – inclusive políticas – Pasolini, Allen Ginsberg, Ernesto Cardenal, Juan Gelman – não só admitiram sua enorme importância mas em várias ocasiões revelaram publicamente sua influência. Mas há muito mais. Se durante sua vida seu discurso havia excedido amplamente o mero âmbito da poesia em língua inglesa, agora Pound é muito mais que um poeta ou um grande teórico da literatura: se converteu em algo como o núcleo a partir do qual irradia uma série de ramificações que abarca outros campos da atividade humana: as belas artes, a música, a política, a economia, a estética e, capítulo não menor, a ética. E neste te