Escritores narcisistas
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxHrfR64NVCN5hauygI-Xfzza7socCO8qybLDxVhP2nCVqlNRiIGpMtYdAidf2zkzByLq-rMTuZu8Tp5UxB-szdHL9fmVpnd7GKLvmMxT5znTApUcXDWQql3_z6oy-QTyNTpb5e249ew/s640/C1hlYoeW8AAw_uu.jpg)
Por Andrea Aguilar Gerard van Kuijl. Narciso . Extrema sensibilidade e considerável fragilidade, certo vampirismo, algo de vaidade – pouco ou muita dissimulação –, o convencimento de que o que alguém sente ou percebe é único, e um considerável egoísmo são características comuns no comportamento criativo. Os grandes artistas – divos e divas, mestres – não são necessariamente boas pessoas, mas são, inevitavelmente, narcisistas? A crítica Gayatri Spivak aponta: “A possibilidade do sucesso artístico é particularmente sedutora para o narcisista pela construção social do gênio. A ideia de gênio captura a quintessência do narcisismo; alguém que foi tocado pelos deuses e que sem esforço pode alcançar grandes coisas”. Lancemos o debate e concentremos a questão no plano literário. Não faltam as vozes que encontram na autoficção um claro reflexo da onda atual do eu. Os seis volumes do romance Minha luta , em que o escritor norueguês Karl Ove Knausgård assume o papel