Diário confessional, de Oswald de Andrade
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Por Pedro Fernandes Oswald de Andrade. Foto: Jorge de Castro. Acervo FBN. Parece que, quando a certa ideia de gênio foi desconstruída, com ela se modificou a noção pública dos textos. O interesse pela oficina dos escritores não é novidade do nosso tempo, tanto que já se expandiu, fez escola, estabeleceu-se com um ramo dos estudos literários. Nesse apogeu, os materiais que antes apenas serviam à lixeira ou aos investigadores de determinada obra são descobertos pelo mercado editorial como um novo filão. Logo, à obra incompleta, seguiu-se uma variedade de outros interesses criadores de uma biblioteca agora interminável feita de correspondências, diários, cadernetas com anotações, versões originais do texto, versões incompletas e até a reprodução similar do manuscrito ou datiloscrito. Esse acesso às dependências privadas da oficina de um escritor pode ser oferecida por ele próprio; a composição das memórias, mesmo da versão de sua diarística ou o registro ensaístico sobre a escrita de