Sophia de Mello Breyner Andresen e João Cabral de Melo Neto, convívios pela poesia
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Por Pedro Fernandes Sophia de Mello Breyner Andresen. Foto: Fernando Lemos. O que sempre importa no trabalho de buscar compreender os meandros do convívio entre escritores é encontrar as semelhanças e distanciamentos sobre suas maneiras de compreender os processos criativos. Quase sempre, encontramos pequenos traços de influência que podem vigorar de uma ou de ambas as partes e se fazer notar na obra literária. Quando não, o que ressoa é apenas afeto, trocas de gentilezas e cordialidades mútuas, uma ou outra leitura sobre os contextos ocupados por cada um, sem os grandes apelos que se faz recorrente quando os envolvimentos alcançam uma maior intimidade. O convívio entre os poetas João Cabral de Melo Neto e Sophia de Mello Breyner Andresen é sui generis . Os registros sempre entregam uma admiração respeitosa, e às vezes desmedida, da parte dela, desde o primeiro encontro em setembro de 1958 em Sevilha quando os dois se conhecem pelo intermédio do poeta carioca José Paulo Moreira da