O erudito, o popular e a doce virtude da ignorância
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Por Rafael Kafka ©Bruno Novelli Sempre tentei entender por que as pessoas são tão apaixonadas pelos filmes de super-heróis. Mesmo em minha fase adolescente tendo sido um entusiasta dos desenhos animados japoneses, certas condutas típicas de geeks e otakus me aborreciam, como essa vontade de fazer cosplays . Ao mesmo tempo, porém, havia em mim uma certa sensibilidade imaginativa provocada em demasia pelos temas discutidos dentro de animes e mangás e muitas vezes me peguei envolvido com personagens desse universo em um grau maior do que com o tido com pessoas do mundo real. Mas o meu purismo prevaleceu sobre meu bom senso e durante anos eu julguei pessoas que gostavam de filmes de super-heróis como tolas e infantis. Demorei a me libertar dele e demorei mais ainda para decidir ver um filme e avaliar por conta própria o charme dessas obras de arte. Por mais que nunca tenha lido nada dos autores os quais se utilizam do conceito de indústria cultural, esta foi uma noção m