Outra mulher na vida de Cervantes
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Por Jesús Ruiz Mantilla Ilustração de Vania Mignone para Novelas exemplares de Cervantes (Cosac Naify, 2015) No interminável jogo de disfarces e miragens que é a vida de Miguel de Cervantes, Andaluzia aparece como um poço onde há muito o que escavar. Foi na prisão de Sevilha onde ficou por alguns meses por um excesso de confiança num usurário que começou a imaginar o Quixote . Parou pelo sul quando decidiu deixar sua família em Esquivias, município na província de Toledo, para buscar a vida numa metrópole mais excitante que aquele povoado rural, onde chegou em busca de dinheiro e mais alegria. Foi um mago das letras, mas também dos números. É o que aponta Jordi Gracia na mais sólida biografia aparecida entre as novas incursões sobre a vida de Cervantes. As duas aptidões eram seu prazer, sua realização e sua sobrevivência. Foi comissário e arrecadador real no interior da Espanha. E o que encontrava nas diferentes viagens ao longo de toda Andaluzia servia de inspiração