Séries, sagas, ciclos... que tal chamá-los “romances-rio”? Um jeito diferente de pensar o narrar maximalista
Por Kent Wascom Yukio Mishima, do culto ao corpo a autor de um romance-rio. Dizem que o escopo de atenção de leitores encolheu, se não desapareceu de todo. Dos cronicamente distraídos não se pode sequer esperar que sentem e leiam um romance, ainda mais um romance que gera outros romances. E, no entanto, olhe em volta na sua livraria favorita e você nos verá: os Ferrante-febris, os Knausgård-exaustos , amantes do romance em sua forma mais esgotada e potencialmente exaurida. Aguardamos ansiosamente o último fascículo dos romances Cromwell , de Hilary Mantel e o primeiro de Dark Star , de Marlon James¹. E nós dificilmente somos minoria. De fato, como Alexander Chee apontou anos atrás aqui , nossos primeiros amores narrativos são frequentemente seriais, nossa afeição livresca nascida em Nárnia, Arrakis ou Hogwarts. Não importa quão diminuto nosso escopo de atenção, ainda lemos (e mesmo escrevemos ou desejamos escrever) ficções que se espraiam por múltiplos...