Catálogo maçante das coisas comuns, de José de Paiva Rebouças
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Por Pedro Fernandes Aos olhos do leitor comum pode ser que um título como Catálogo maçante das coisas comuns não alcance a curiosidade suficiente de instigá-lo a leitura. Mas, é de se perguntar que título faria a atenção imediata do leitor comum. Convergência (Murilo Mendes), A rosa do povo (Carlos Drummond de Andrade), Poemas negros (Jorge de Lima), Coral (Sophia de Mello Breyner Andresen), A duração do deserto (Nina Rizzi), Cidade íntima (Leontino Filho) – para citar pequeno conjunto de bons poetas e de bons títulos que têm em comum a natureza de não produzir movimento que seja na curiosidade do leitor comum sobre a natureza de seu conteúdo. No meu caso, também de leitor comum, mas daquele que tem o mínimo de curiosidade sobre as coisas comuns, deixo me guiar, diante desses títulos, primeiro pela dificuldade de se dar nome a tudo, depois, abrir-me em indagação sobre o porquê dos nomes, antes do porquê do nomeado. De modo que, se o título não se mostra como um c