Pinóquio, a morte cai tão bem
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Por Diego Cuevas Minha mãe me contou que eu chorei em seu ventre. A ela lhe disseram: terá sorte. Alguém falou comigo todos os dias de minha vida no ouvido, devagar, lentamente. Disse-me: viva, viva, viva! Era a morte. — Jaime Sabines, “Do mito” Guillermo del Toro esculpiu uma nova criatura. E isso costuma ser motivo de comemoração nesta casa, onde passamos uma década admirando o carinho que o diretor dedica às feras fantásticas. Porque Del Toro é sinônimo de uma devoção sincera aos monstros, ao ponto de não conseguir deixar de evitar um, mesmo embalado, sim, num filme como O beco das almas perdidas onde, a princípio, não havia espaço para seres fantásticos. Seu novo descendente é renomado, com fama nas costas, Pinóquio, mas é criado não apenas a partir de recortes da sombria narrativa original que Carlo Collodi começou a escrever para folhetim em 1881, mas também de pedaços do Pinóquio de Walt Disney e da alma de Frankenstein ou o Prometeu moderno de Mary Shelley. Embora o mais i