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Mostrando postagens de maio 3, 2011

Miacontear - Meia culpa, meia própria culpa

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Por Pedro Fernandes Ilustração de Alan Carline. Fonte: Blog coletivo De chaleira Utilizando o tom confessional já impresso na máxima cristã (adaptada é verdade) que dá título ao conto, este texto de O fio das missangas é o relato de Maria Metade - "meios caminhos, meios desejos, meia saudade". A alcunha 'metade' traz impressa as trilhas de sujeito errante. Mesmo sendo "Metade", Maria não se conforma com essa situação que a realidade lhe impõe. E cria a outra metade da existência pelas vias do sonho - "Eu tinha a raça errada, a idade errada, a vida errada. Mas ficava no outro lado do passeio, a assistir o riso dos alheios. Ali passavam moças belas, brancas, mulatas algumas. Era lá que eu sonhava. Não sonhava ser feliz, que isso era demasiado em mim. Sonhava para me sentir longínqua, distante até do meu cheiro." ¹ Logo, o que essa personagem tem de diferente das personagens femininas que tivemos contato até agora nesse livro de contos é