Houellebecq e a polêmica sobre seu novo romance
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCZ9C2TXAeft-aIagWQORRKzaZ9nmck_2a_Fto14R0ykuMmiOQ0v0xDNl4Ve-Gp2_gBAvOsWI146QVq-rgZIeF-5MCK_QBezbEVO45RBiRdT_RZAGxdQMYFcu1KUs1ARZzaAOK-cIybgE/s1600/houellebecq.jpg)
Michel Houellebecq voltou a um tema caro. A publicação de seu novo livro que chegou coincidentemente na mesma semana do atentado a agência do Charlie Hebdo ganhou as rodas da polêmica a ponto da obra ser tida no rol dos escândalos de 2015. O tema caro, logo já pode o leitor deduzir, é o Islã. E o motivo para tudo chama pelo título de Soumission (título ainda inédito, mas já declarada publicação no Brasil para breve). Trata-se de um relato futurista que retrata uma França convertida ao regime islâmico depois da vitória de um novo partido, a Fraternidade Muçulmana, nas eleições de 2022. O candidato Mohammed Bem Abbes, supera Marine Le Pen no segundo turno das eleições, graças ao apoio do resto das forças políticas, decididas a impedir a vitória inevitável da ultradireita. O país desenhado por Houellebecq, imagem deformada da França de hoje, é erguido pelos últimos resíduos de uma democracia agonizante e está composta por cidadãos desencantados pela política, unicamente inter