Segredos de um escândalo ou como Hollywood coça o próprio umbigo
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Por Carlos Rodríguez Se Hollywood fosse um homem, seria um malandro, alguém com tato para se mostrar um sedutor, mas que no fundo é um idiota. Imaginemos esse farsante sem o terno que o veste, feito com o melhor tecido; nu, ele cutuca o umbigo e encontra mais do que fiapos. Alguns têm escavado nessa região que pode acumular sujeira, suor, células mortas e bactérias. Ao cutucar a cicatriz, essa área sensível e desconfortável, reflete o insalubre. Essa comichão, que quando satisfaz dá prazer e às vezes é danosa, produziu marcas na pele de Hollywood. A vista de sua fachada rasurada é fascinante e abismal, como em Sunset Blvd . (Billy Wilder, 1950), onde uma atriz de outrora, uma das grandes, é condenada a ser a relíquia de seu próprio mundo, um adereço com cheiro de velho, um terno surrado esperando no cabide até você acionar o gatilho do revólver que o devolve ao primeiro plano. Também pode ser uma ferida disfarçada, como ocorre em The Bad and the Beautiful (1952), que glorifica a h