Dentes, de Domenico Starnone
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Por Sérgio Linard Domenico Starnone. Foto: Leonardo Cendamo . Ao lado da misteriosa Elena Ferrante, Domenico Starnone é um nome da literatura italiana contemporânea que merece nossa atenção. Não é, porém, somente a nacionalidade que aproxima estes escritores, pois ao passo que aquela parece ter como foco de sua obra a exploração das figuras desempenhadas pelas mulheres na sociedade, esse — em um simétrico contraponto — foca nas figuras masculinas, convidadas a encararem seus próprios erros para que percebam o quão frágeis e fingidas são as bases que sustentam a própria ideia de masculinidade. Não seria de grande espanto a notícia de que estes escritores mantêm contato entre si. Mas tais biografismos não são nosso foco; voltemos. Starnone, nas obras por aqui publicadas, parece fundar seus personagens em uma risível situação de constrangimento constante que rega as páginas com o que popularmente chamamos de vergonha alheia e/ou de riso melancólico, sentimentos gerados exatamente por