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Iris, Iris, a esplêndida rainha do baile

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Por Antonio J. Rodríguez Retrataram-na como uma burguesa que levava uma vida intelectual indiferente. Suas maneiras eram elitizadas e parecia carregar um orgulho disso. Era o tipo de pessoa que defendia que o bom homem vê as coisas de maneira diferente do homem medíocre. Que não tinha vindo ao mundo para ser de muitos amigos, é algo que gostava de deixar claro de imediato. Houve quem a descreveu como uma Vênus depredadora e cruel – embora como sempre acontece, também não são escassos testemunhos previsivelmente mais amáveis. No verão de 1990, Jeffrey Meyers publicou na Paris Review uma entrevista que revelava a temível Iris Murdoch (1919-1999) em seu esplendor. Admitiu que havia sido militante no Partido Comunista e que logo se cansou; soube aí o quão “espantoso” era o marxismo. Esquivou-se da bipolaridade de seu mundo passando por cima das duas grandes ideologias dominantes e assim foi parar no Oriente: “O budismo deixa claro que é possível ter uma reli