Como nasce e renasce um leitor
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Por Rafael Kafka Comecei a ler nessa semana Servidão humana , de Somerset Maugham, e escolher a opção de leitura de um livro por vez – tomada após um infeliz acidente com meus óculos causado por uma mente acelerada, cansada e desatenta – me levou a perceber detalhes do gesto de ler muitas vezes ignorados por nós quando nos propomos, com nossa mente academicista e utilitarista demais em tempos pós-modernos, a nós ocuparmos com diversas leituras. Muitas vezes o tempo de leitura mais focado garante que uma cena, por si só, garanta a nós um profundo prazer estético e intelectual por conta de sua dimensão existencial e reveladora. Na leitura multifocal acabamos perdendo muito disso, pois com a pressa ou não sentimos plenamente a poesia desta ou daquela cena ou frase ou não nos permitimos refletir e sentir tal dimensão, produzindo nós mesmos nossos pensamentos e textos que merecem ser compartilhados com outros leitores ávidos de debates de ideias e impressões. Nesse sentido