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Rimbaud, além do mito

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Para Albert Camus era “o maior de todos”, e Patti Smith o considerava “o primeiro poeta punk”. A Arthur Rimbaud (1854-1891) bastou um livro, Uma temporada no inferno , para converter-se em mito. Tinha 18 anos e pouco depois decidiu que a literatura havia morrido para ele. Queria viver todas a vidas. E, embora tenha morrido aos 37 anos de câncer nos ossos, quase conseguiu. As correspondências do poeta revelam os medos e anseios na desesperada voz de um homem condenado a ser errante, que viajou incansavelmente, foi professor, mendigo, explorador, comerciante, traficante de armas e até membro de um circo. O desemparado voo de um poeta cujas ordens visionárias – “Eu sou outro”, “Há que ser absolutamente moderno”, “A verdadeira vida está ausente” – o converteu no grande mito da rebeldia adolescente. Longe dessa imagem, sua correspondência inédita descobre outro Rimbaud. Mais íntimo e distante da lenda. Inquieto, irascível e insensato, também ansiava descansar o cabeça. Em 188