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Mostrando postagens de julho 12, 2023

Wes Anderson chega ao limite do seu estilo com Asteroid City

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Por Alonso Díaz de la Vega A filmografia de Wes Anderson já é mais compreendida como um meme do que como cinema. Nos últimos anos — e como mostra a tendência interminável de filmar tiktoks imitando suas imagens simétricas — o diretor se tornou uma subcultura, o que me parece um sucesso e um fracasso. Um sucesso porque o grande público tomou consciência do estilo cinematográfico, ou seja, se um espectador normalmente presta atenção nas histórias que os filmes contam, o cinema de Anderson fez com que ele prestasse mais atenção nas tomadas e na montagem. O fracasso, por outro lado, resulta de ignorar a sofisticação que o estilo tão imitado produz. Talvez como resposta, o diretor tenha passado os últimos anos enfatizando essa complexidade para evitar ser classificado como um cineasta complacente, repetitivo ou fácil. Pelo menos desde The Grand Budapest Hotel (2014) percebe-se uma radicalização que tende cada vez mais a interagir com outros textos — romance, filme, teatro —, a saturar os q