Três possibilidades sobre a Literatura Gay
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiMAxeiLwl77DUfU-ryHMdgaNLhUl0zij_2hqg_Ube6B2PSW9LeEjzR1cSrhZOR3r-__pf5HoSlcWauh_Dsi6cH8eeHygyFXxJoOPv_-w5juxgMRKwb8O0zJaqgzcRNEF75S9pvX8sxQ/s1600/thumb-hurtz-zupi3.jpg)
Por Luisgé Martín Francisco Hurtz Em 1897, Oscar Wilde escreveu na prisão de Reading uma extensa carta para seu amor Lord Alfred Douglas, Bosie , reconstruindo a atormentada relação que haviam mantido e que findou com o célebre julgamento no qual o escritor foi condenado a trabalhos forçados por “conduta indecente e sodomia”. Essa carta, publicada em partes pelos herdeiros pela primeira vez em 1905 com o título de De profundis , constitui de algum modo a pedra fundamental da literatura gay moderna, essa literatura que fala sobre “o amor que não se atreve a dizer seu nome”, como proclamava um verso do próprio Bosie. Esse amor continuou sem atrever-se a dizer seu nome durante muito tempo. Thomas Mann ocultou o amor carnal entre Gustav von Aschenbach por Tadzio através de uma sublimação estética e espiritual. Konstantinos Kaváfis apenas permitiu que circulassem alguns de seus poemas em vida. E. M. Forster terminou de escrever Maurice , em 1914, mas não deixou publicá