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Mostrando postagens de abril 16, 2018

Sergio Pitol: muito além dos lugares comuns

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Por Jezreel Salazar Sergio Pitol, 1988. Foto: Rogelio Cuéllar Diante o universo anedótico que só se multiplica quando desaparece um autor insubstituível, é essencial ir além dos lugares comuns em torno de sua personalidade para situá-lo da melhor maneira na história literária do país. Entre as qualidades que acompanham Sergio Pitol (e que seguramente se repetirão centenas de vezes), há uma que me parece difícil de continuar sustentando: o vanguardismo voluntário de sua obra, que se supõe acompanharia sua extravagância pessoal. A ideia de que pertenceu ao universo “dos raros” me parece pouco séria, muito conjuntural e associada ao desconhecimento de seus livros. Quando alguém revisa os comentários críticos da série de textos que publicou depois de voltar a Xalapa em 1993 (depois do grande périplo de quando viveu fora do país), se fala de livros insólitos, híbridos, pós-modernos ou difíceis de classificar. Há alguma razão nisso, mas estes epítetos nos levam a ler tais obr