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Ofício de Paciência, de Eugénio de Andrade

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Por  Pedro Belo Clara  Eugénio de Andrade. Foto: Rui Uchôa Apresentamos e, com tal gesto, sugerimos um livro da completa maturidade de um dos poetas portugueses de maior revelo no século XX, tecido numa madurez de expressão que se poderá classificar de declínio em termos de teor, não pela parca valência da temática, de todo, mas pelos assuntos trazidos à luz clara do poema, mais vividos e naturais num indivíduo que conhece o inevitável rumo dos seus dias. Lançado em 1994, contava o autor com setenta e um anos de idade, é, à semelhança de outros livros que Eugénio editou em igual período, uma obra de despedida, como se o poeta estivesse numa constante espera pelo derradeiro momento, sabendo-o mais perto e, assim, mais provável de lhe perturbar, de súbito, a placidez dos passos. Contudo, outros viriam, ainda, e com eles o prazer das simples coisas de sempre, avivado a cada carícia – não obstante, em contraste, a sombra que nenhum sopro poderá afastar. Mas, diga-se, tal