Lydia, de Pedro Belo Clara
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Por Maria Vaz Lydia encontra as suas reminiscências mais profundas no poema “Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio”, de Ricardo Reis. Neste heterónimo de Fernando Pessoa encontra parte do seu espírito filosófico. Contudo, do supra mencionado poema herda apenas a imperatividade em enlaçar as mãos, presente na primeira estrofe. Nas palavras do autor, pelo início da obra, podemos ler que “a noite morre aqui”. Nesse sentido, toda esta obra é construída pela luz que traz a esperança, como a inevitabilidade de um sol que ascende todas as manhãs. A consciência da transitoriedade da vida está sempre presente: tudo é efémero e tem o seu tempo; todo o zénite solar fora sonhado na noite, qual Inverno da alma que dá lugar ao calor. Aos dias sucede a noite, às estações quentes segue-se o frio; os meses correm com uma gradação natural. Também o encanto e o calor das paixões cede pela satisfação do desejo. Destarte, do espírito epicurista também se vislumbra a simplicidad