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A carroça, o bonde e o poeta modernista

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Por Pedro Fernandes (Anotações sobre  “ A carroça, o bonde e o poeta modernista ” , de Roberto Schwarz) 1. No ensaio  “ A carroça, o bonde e o poeta modernista ” , Roberto Schwarz discute a partir da poética de Oswald de Andrade – mais especificamente o poema oswaldino  “ Pobre alimária ”   – acerca do poeta e da poesia modernista no Brasil. Alude o autor à conciliação de três elementos característicos na poesia de Oswald: uma fórmula fácil e eficaz para ver o Brasil pelas janelas do poema; o ser poeta sem o esteticismo apregoado pelos poetas doutras escolas literárias semelhante ao modo leninista de fazer política – “o Estado uma vez revolucionado, se poderia administrar com os conhecimentos de uma cozinheira”; o uso de um reduzido vocabulário – reduzido, no sentido de ser comum a todos – o qual Schwarz compara à poética de Bertolt Brecht que se dispunha a redução vocabular do Basic English .  2. Para o autor, somam a isso na poesia de Oswald, uma fórmula de duas operações: a justapo