O avesso da pele, de Jeferson Tenório
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgbufbpcnZQF7PSYRktkuKcTFjBVNofFByT0ScU9t5wEfoOpFy5Er7rw4rkgTDr5TKXlRXU9uHF936EbevRYethn5l0DYApklpJ5HDKKn9ygA66LFZqfE3iHVXl8zKfHkd9BabnClby8sbHdSxpY6iRf4E9x8FpeEJXlLBQZf84fxOOze9wiOyACM/s16000/Jeferson%20Tenorio.jpg)
Por Pedro Fernandes Jeferson Tenório. Foto: Carlos Macedo Foi com O avesso da pele que Jeferson Tenório se fez reconhecido no meio literário brasileiro em 2020; no ano seguinte, obteve com este que é seu terceiro livro o Prêmio Jabuti. Antes publicara outros dois romances, O beijo na parede (2013) e Estela sem Deus (2018), este último reeditado pela mesma casa editorial que o projetou. Grande parte da boa recepção do premiado romance se deveu a maneira como examina a partir de circunstâncias e ângulos diversos as complexas relações raciais num país onde durante muito tempo apostou na ideia de convívio livre e franco das raças. Num momento quando as questões raciais importadas da tradição estadunidense, seja a partir da própria literatura, seja a partir do pensamento articulado no interior dos estudos culturais, reabrem o exame sobre o modelo de silenciamento forjado no Brasil, a escolha pelo tema, aliás, tem fomentado o restabelecimento de uma interessante linha criativa na nossa