On Empson, de Michael Wood: um grande crítico acerca de outro
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Por Stefan Collini Em uma época de nossas vidas, escreve Michael Wood sobre William Empson, “quando em nossa maior parte estamos tentando entender o que o sistema educacional quer de nós, ele estava reinventando a crítica literária.” Empson era graduando em Cambridge quando escreveu um ensaio para seu supervisor, I. A. Richards, mostrando como versos poéticos poderiam ser construídos de forma a produzir múltiplos sentidos até então despercebidos. Richards era um professor astuto o bastante para ver que não havia outra coisa a fazer senão dar carta branca a seu aluno escandalosamente original, então exortou-o a ir embora e trabalhar no ensaio de modo a expandi-lo um pouco. O resultado foi que, em 1930, com vinte e quatro anos, Empson publicou Seven Types of Ambiguity [Sete Tipos de Ambiguidade], um livro que efetivamente traz consigo certa reinvindicação plausível de ter “reinventado” a crítica literária. É um livro estranho, sem propriamente introdução ou conclusão, e sem argumentaç